plantio direto a palhada do bem
13/11/2019
Toda planta precisa de um bom solo para se desenvolver bem. Até alguns anos atrás, antes de cultivarem uma semente os agricultores utilizavam técnicas convencionais de preparo do solo (como, por exemplo, a aração) que deixavam o solo totalmente exposto à chuva; causavam grandes perdas de solo e de água; contaminavam rios; e diminuíam a fertilidade do solo.
Em vez desse plantio convencional, a Embrapa incentiva os agricultores a deixarem palha e restos das plantas na superfície do solo, e prepararem o solo para receber a semente apenas na linha de semeadura. Esse sistema de manejo incentivado pela Embrapa se chama Plantio Direto.
Mas, você deve estar se perguntando: para que serve esse sistema? O sistema de plantio direto tem efeitos positivos sobre o ambiente por reduzir o uso de insumos de origem fóssil, tais como combustíveis e fertilizantes; e por contribuir para o sequestro de carbono no solo reduzindo, com isso, o aquecimento global.
Além disso, a conservação da palha na superfície protege o solo, evitando a sua erosão; melhora suas características físicas, químicas e biológicas; mantém a sua umidade, que é necessária às plantas; e ainda evita a contaminação dos mananciais de água que abastecem as cidades.
Palhada
A palhada deixada sobre a superfície do solo garante a cobertura e a proteção contra processos que podem prejudicá-lo. Assim, o plantio direto diminui o impacto da agricultura e de máquinas agrícolas sobre o solo, por dispensar qualquer método convencional para o seu preparo. Esse sistema permite, ainda, a produção de sementes de maior qualidade e o aumento da matéria orgânica no solo, o que reduz as emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa. A semeadura da soja no sistema de plantio direto é feita hoje em várias regiões brasileiras, e traz resultados positivos em 80% das áreas agrícolas.
A lavoura fica menos vulnerável a eventos climáticos extremos, e produtividade média dela é 20% superior à do manejo de solo convencional, o que significa que, a cada 5 anos, o produtor ganha, com os mesmos recursos que investe, o equivalente a uma safra; o que, é claro, aumenta a sua renda.