Goiás sai na frente na tecnologia 5G para o agronegócio
04/12/2020
Uma iniciativa da Secretaria-Geral da Governadoria (SGG), a ativação do sinal 5G foi feita pela operadora Claro por meio de uma licença de demonstração, com validade de um ano. O projeto tem parceria da empresa Huawei e conta com o apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano), a Goiás Telecom, o Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (Ceia/UFG) e a Prefeitura de Rio Verde.
As duas primeiras torres de transmissão do 5G, em caráter de prova de conceito, foram instaladas em dois pontos do município. Uma delas está no Parque Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano), onde funcionará parte do Ceagre. No local, idealizado para fomentar inovações, haverá espaço para incubação de startups voltadas para o agronegócio, que terão acesso à rede 5G, essencial para o desenvolvimento de diversas tecnologias da agricultura exponencial, como realidade aumentada, realidade virtual, robótica, inteligência artificial e internet das coisas. A segunda torre foi instalada na fazenda Nycolle, do produtor Cairo Arantes, escolhida para receber as aplicações práticas da nova tecnologia.
A chegada do 5G ao campo, aliada à internet das coisas, traz a perspectiva de redução dos custos operacionais. Também marca o início de uma nova era para as agritechs. Na ocasião, haverá a demonstração de aplicações reais de uso de IoT para o agronegócio, desenvolvidas por pesquisadores do Ceagre e do Ceia.
Durante o evento de lançamento serão demonstrados casos de uso: drones que fazem o controle e prevenção de ervas daninhas por meio de Inteligência Artificial, e Hovers, veículos autônomos conectados à nuvem.
Os drones permitem aos produtores uma agricultura de precisão. Monitoram a colheita por meio de vídeos que, processados em tempo real na nuvem e analisados por inteligência artificial, identificam e classificam ervas daninhas em suas localidades no meio do talhão para uma efetiva aplicação de defensivos agrícolas.
Os veículos autônomos, como o hover, permitem o reconhecimento de rotas utilizando sensores para coleta de dados ambientais, como umidade e temperatura, com percursos em tempo real e monitorização remota, além de visualização de imagens 360º de sua produção. Além de proporcionar a digitalização e automação ainda maior do campo, a ferramenta poderá ser uma importante aliada para produtores com dificuldade de locomoção.
O mundo caminha rumo à digitalização e o 5G será um dos pilares dessa transformação, pois com sua alta largura de banda, baixa latência e conexões massivas, proporciona maior transferência de dados. Junto com o processamento em nuvem e a inteligência artificial, as aplicações para a agricultura podem elevar o desempenho dessa indústria, e melhorar o rendimento da terra, o uso de recursos e a produtividade.
De acordo com um estudo do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura), apenas 18,5% da população rural do Brasil possui conexão à rede 4G. Nesse cenário, Rio Verde pode se tornar pioneira ao oferecer a conexão 5G para os agricultores da cidade.
“Precisamos observar que o mundo está sendo digitalizado. Para você conectar o mundo digitalmente é preciso da Internet das Coisas (Internet of Things – IoT), que é você colocar algum sensor para monitorar e conectar aquele equipamento dentro do mundo digital. Mas não dá para fazer essa conexão apenas com a rede wi-fi. Então, por isso, a internet móvel de quinta geração (5G) vem de encontro a essa conectividade do mundo, de maneira fundamental”, disse o titular da SGG, Adriano da Rocha Lima.
O secretário destaca que, na mesma ocasião, serão inaugurados o Centro de Excelência em Agricultura Exponencial (Ceagre) e o Parque Tecnológico do IF Goiano. O Ceagre conta com investimento de R﹩ 15 milhões, a serem repassados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) ao IF Goiano (Campus Rio Verde), instituição de ensino responsável pelo centro.
“Além da navegação mais rápida, o 5G pode criar uma grande revolução no setor por meio das possibilidades de automação e geração de dados em tempo real em diversos setores da cadeia produtiva. O agronegócio é muito relevante para o Brasil, tem potencial de gerar modelos de negócios para a Huawei, e ainda impulsionar o desenvolvimento tecnológico do país”, afirma Sun Baocheng, CEO da Huawei Brasil.
A ativação do sinal de internet 5G foi realizada pela Claro, pioneira na implantação das gerações de tecnologia no país, inclusive o 5G DSS, também presente em Goiás. “A Claro vem atuando em conjunto com os fornecedores, órgãos governamentais e instituições de pesquisa e desenvolvimento nos trabalhos de homologação e certificação da tecnologia 5G. Com a rede e as aplicações demonstradas em Rio Verde em parceria com o Governo de Goiás, a Claro avança na conectividade do campo, onde já conta com a maior cobertura com a tecnologia CAT-M do Brasil, presente em 100% dos sites da operadora. Temos o DNA da inovação e estamos trabalhando para levar os benefícios das tecnologias de ponta, como as soluções IoT, para ampliar a produtividade do agronegócio”, afirma Eduardo Polidoro, diretor de IoT da Claro.
Sobre a Huawei
A Huawei é líder global em soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e uma das 100 marcas mais valiosas do mundo de acordo com a Forbes. A companhia tem a visão de enriquecer a vida das pessoas por meio da comunicação e é dedicada à inovação centrada no cliente. Com sólidas parcerias com a indústria local, a Huawei está comprometida com a criação de valor para operadoras de telecomunicações, empresas e consumidores, oferecendo produtos e soluções de alta qualidade e inovação em mais de 170 países e territórios. Com mais de 190 mil funcionários em todo o mundo, a empresa atende mais de um terço da população mundial. Há 22 anos no Brasil, a Huawei é líder no mercado nacional de banda larga fixa e móvel por meio das parcerias estabelecidas com as principais operadoras de telecomunicações e possui escritórios nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Recife, além de um centro de distribuição em Sorocaba (SP) e um Centro de Treinamento em São Paulo.